Há uns bons anos eu ouvi um podcast do Cris Dias o “Boa Noite Internet: Você não é o seu Crachá“. o qual recomendo muito inclusive. Este podcast sempre me fez refletir muito sobre a vida corporativa, o universo e tudo o mais, hoje vou compartilhar com vocês um pouco dessas reflexões.
Você é o seu crachá?
Você já parou para pensar que, no mundo corporativo, somos mais conhecidos pelo nosso “crachá” do que pelo somos? Pois é, aquele pedaço de plástico, balançando no pescoço que diz “Eu sou o Gerente de TI” ou “Analista de Atendimento Nível 3”. Mas, vamos ser sinceros, você realmente se sente um “nível 3”? Convenhamos, não, né? No fundo, sabemos que, como diria o Cris Dias “você não é o seu crachá“.
A cultura corporativa tem por sarcasmo, ou não, nos transformar nos vingadores do Excel, ninjas da contabilidade ou magos da TI. E, enquanto estamos lá, lutando para salvar o dia com uma fórmula do Excel ou as vezes, algumas linhas de código, esquecemos que, fora da empresa, somos pessoas normais que gostam de comer pipoca de pantufas enquanto maratona séries no Netflix.
Mas, cuidado! O big brother corporativo, não pode saber disso. Eles querem que você seja a persona da empresa 24/7. Eles querem que você sonhe com relatórios e acorde declamando de cor a missão, visão e valores da empresa. E se você não tomar cuidado, vai começar a acreditar que sua identidade e seus valores são definidos por metas, KPIs, OKRs e feedbacks 360.
Enfim a reflexão
Antes de “ser o seu crachá”, você é o João que adora ouvir música, a Ana que ama ler quadrinhos ou o Rafael que sabe todas as falas do filme “Indiana Jones e o Templo Perdido”. Você é feito dos seus sonhos, hobbies, paixões e, claro, algumas manias malucas – afinal você não é seu crachá mas também não é perfeito.
No final das contas, o que realmente importa é qualidade de vida. O equilíbrio entre ser um profissional exemplar e ser a pessoa incrível que você é fora do escritório. É lembrar que, embora o crachá faça parte da sua jornada, ele não te define.
Então, da próxima vez que olhar para o seu crachá, dê um sorriso e pense: “Eu sou muito mais do que isso”. E acredite, você é! Não deixe que nenhum pedaço de plástico te convença do contrário.
PS: Não deixe de ver o primeiro post dessa repaginação no Paulada, lá eu falo sobre o recomeço.
Chefe Paulo melhor escritor do mundo